Uma equipe de cientistas da Universidade de Tóquio está testando aviões de papel e pretendem lançar os modelos da Estação Espacial Internacional para a Terra.
Os protótipos foram desenvolvidos pela Associação de Origamis de Avião do Japão e são produzidos com um papel tratado com um composto que aumenta a resistência ao calor.
Os membros da associação já conseguiram testar os modelos em um túnel de vento hipersônico, mas com a ajuda da equipe da universidade, a intenção é pedir a um astronauta japonês que irá viajar até a Estação Espacial Internacional neste ano para que ele jogue 100 aviões do espaço.
Cientistas estudaram o comportamento do aviões de papel em túneis de vento / Reuters
Segundo o professor Shinichi Suzuki, que lidera a equipe, o projeto pode "inspirar novos modelos de veículos super-leves capazes de explorar a atmosfera terrestre". Ele sugere também que a idéia pode incentivar as crianças a gostar de ciência.
Os protótipos têm cerca de 8 centímetros de comprimento e pesam menos de 30 gramas. Até o momento, os aviões já resistiram a ventos com velocidade de 8.595 km/hora (ou Mach 7), sete vezes maior que a velocidade do som.
Além disso, os modelos também se mostraram resistentes a temperatura de 300 graus Celsius. Durante o teste no túnel hipersônico, os cientistas observaram que o modelo resiste apenas seis ou sete segundos, já que a força das ondas dobra a parte frontal do modelo.
No entanto, a equipe não desistiu do protótipo e quer testar os limites do avião de papel. Segundo eles, uma experiência anterior colocou o modelo em situações piores do que as enfrentará tentando voltar à superfície terrestre. De acordo com as estimativas dos cientistas, se lançados do espaço, os modelos têm cerca de 5% de chance de retornar à Terra.
A Estação Espacial Internacional fica 400 quilômetros acima da superfície da Terra. Caso o vôo tenha sucesso, será o mais longo já realizado por um avião de papel. No futuro, a equipe espera acoplar equipamentos de localização nos modelos.
Para o primeiro vôo, no entanto, a solução será usar uma alternativa simples e escrever mensagens em várias línguas pedindo para quem encontrar os protótipos, enviá-los de volta ao Japão.
Fonte:Ultimo segundo
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